segunda-feira, 30 de julho de 2012

A Televisão na década de 60

                      Os anos 60 trouxeram renovações para o veículo que alteraram profundamente o seu comportamento. As novidades tecnológicas permitiram maior agilidade e maior alcance da informação iniciando as condições para que a televisão se consolidasse como o mais importante veículo de comunicação. Dois gêneros de programas contribuíram para que a TV se tornasse fenômeno de comunicação de massa no país: o programa de auditório (com a introdução dos comunicadores) e a telenovela.

                    Profissionais como Chacrinha (Abelardo Barbosa), Flávio Cavalcanti, Hebe Camargo e Silvio Santos surgiram cada um com um estilo próprio, e todos obtendo enorme audiência para as emissoras nas quais trabalhavam. A comunicadora Chacrinha e Silvio Santos dirigiam-se a um público de nível sociocultural mais baixo, apresentando atrações de apelo popular como calouros, gincanas, distribuição de brindes, concursos, premiações e outros.

                      Chacrinha tornou-se um fenômeno de comunicação analisado por estudiosos por sua maneira de apresentação, sua maneira de se vestir e pelos prêmios estranhos que distribuía ao seu auditório. Flávio Cavalcanti manteve o esquema que o havia consagrado anteriormente em programas de rádio: a divulgação da música popular brasileira, com lançamentos e concursos. Os três comunicadores valiam-se da presença de júris, compostos por pessoas famosas. O programa de Hebe Camargo tornou-se uma espécie de sala de visitas de São Paulo, recebendo todas as personalidades em passagem pela cidade. Dirigido a um público mais exigente, o programa exibia desfiles de moda, debates, bailados, entrevistas famosas e boa música popular brasileira. 
                     O Estado investiu na propagação da televisão: construiu um moderno sistema de micro-ondas com o dinheiro arrecadado pelo Fundo Nacional de Telecomunicações e gerenciado pela recém-criada EMBRATEL; abriu crédito para a compra de receptores; forneceu infraestrutura para a sua expansão. A EMBRATEL tinha a função de prestar serviços no setor das comunicações nacionais, implantando, mantendo, explorando e expandindo o sistema nacional. A Globo foi pioneira na transmissão, via satélite, em1968, do lançamento da nave espacial Apollo IX.
Fonte: Cola da Web ou www.coladaweb.com

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Paródia da música Estúpido Cupido

                       A Música Estúpido Cupido da Cantora Celly Campello, que faz parte do seu primeiro Álbum lançado em 1959, onde a Faixa Estúpido Cupido fez muito sucesso:




Estúpido Cupido
Celly Campello

Oh oh! Cupido, vê se deixa em paz ( oh oh cupido ),Meu coração que já não pode amar ( oh oh cupido),Eu amei há muito tempo atrás ( oh oh cupido ),Já cansei de tanto soluçar ( oh oh cupido ).
Hei, hei, É o fim,Oh oh, cupido vá longe de mim ( oh oh cupido ),
Eu dei meu coração a um belo rapaz ( oh oh cupido ),Que prometeu me amar e me fazer feliz ( oh oh cupido ),Porém, ele me passou pra trás ( oh oh cupido ),Meu beijo recusou ( oh oh cupido ),E o meu amor não quis ( oh oh cupido ).
Hei, hei, É o fim, oh oh, cupidoVá longe de mim ( oh oh cupido ).
Eu vi um coração,Cansado de chorar.
A flecha do amor,Só traz angústia e a dor.
Mas, seu cupido o meu coração ( oh oh cupido ).Não quer saber de mais uma paixão ( oh oh cupido ),Por favor, vê se me deixa em paz ( oh oh cupido ),Meu pobre coração já não agüenta mais ( oh oh cupido ).
Hei, hei, É o fim,Oh oh, cupido vá longe de mim ( oh oh cupido ).
Mas, seu cupido o meu coração ( oh oh cupido ),Não quer saber de mais uma paixão ( oh oh cupido ),Por favor, vê se me deixa em paz ( oh oh cupido ),Meu pobre coração já não agüenta mais( oh oh cupido ).
Hei,hei,É o fim,Oh oh cupido vá longe de mim (bis)


                       Como prometido em uma postagem feita antes desta, o grupo iria postar no blog o paródia que fizemos para a apresentação do projeto para a sala de aula. Segue-se esta abaixo:

Paródia estúpido cupido - Anos 60

Anos 60 começaram assim
Pra ditadura eles queriam o fim
A jovem guarda tava na TV
E os estudantes tinham que dizer
Hei, Hei , é o fim ,
Dos anos 60 pra você e pra mim

Certo dia um belo rapaz
Que se juntou a uns caras legais
O nosso país ele representou
E a cultura ele dominou
Hei , Hei é o fim ,
Oh ditadura pra longe de mim

Eu vi o meu Brasil
Sempre a si calar
Juntei-me a mais cem mil
E fomos ás ruas protestar

Depois disso o poder se derrubou
E todo o pais comemorou
Os militares não iriam mais mandar
E a população teria o direito de votar
Hei , Hei , é o fim
43 anos não é tão longe assim.

O Design da década de 60


Vestido Tubinho de Saint Lauren

                        O design da década é marcado pelo espírito de prosperidade que varava a década de 50, com o sucesso das economias reconstruídas do pós-guerra. Este espírito de prosperidade também era sustentado pelo alto padrão de vida experimentado por boa parte da população que, com condições suficientes, poderiam se inserir no mundo do consumismo, aproveitando todas as suas beneces e fazendo girar uma economia baseada no fenômeno do consumo desenfreado.

                        É nesta esteira que se desenvolve a idéia de Obsolecência programada. Nesta filosofia, todo produto deveria ser renovado de período em período, fazendo com que o anterior ficasse obsoleto. Inovações funcionais nem sempre eram introduzidas, o que obrigava pelo menos o desenvolvimento de um novo desenho para tal produto. Esse foi um fator determinante na evolução do campo do design como um todo.

                        No campo do Design Gráfico em especial era tratado como a grande panacéia da comunicação da época. Esse fato despertou o interesse de diversos estudiosos da época que formularam várias teorias acerca deste campo da comunicação. Uma das mais expressivas é a de Marchall McLuhan, onde ele defende que a partir da evolução dos processos de produção gráficos, o “meio” passou a ter o mesmo poder de comunicação que a “mensagem”. Ou seja, tanto o conteúdo verbal quanto o não verbal estão em mesmo nível de comunicação para o interlocuror, aumentando assim o interesse em sofisticar não só os textos usados, mas sim todo o layout e design das peças, abrindo assim o leque de possibilidades criativas.

                        Em paralelo a este viés de sofisticação, um grande grupo de profissionais trabalhavam no submundo da comunicação, panfletando suas idéias contestadoras com recursos precários em tecnologia e ricos em criatividade. O ambiente político e social em ebulição na época propiciaram a criação de ateliês no meio Underground que, com maquinário ultrapassado e técnicas não convencionais, iniciaram um processo de adaptação do mercado criativo para a primeira experiência de controle total do processo feito diretamente pelo designer, que era feito exclusivamente pelos critérios do impressor, fato que lançou o que poderemos caracterizar como o principio fundamental do que hoje chamamos de Editoração Eletrônica.

                        Na Europa, este modelo foi tão bem sucedido que, na frança, para dar suporte a toda a mobilização estudantil, mais de 300 pessoas dispersas por toda a cidade produziam material para a difusão das idéias. O formato Pôster ganhou as ruas, chegando a competir com pe de igualdade com as idéias situacionistas propagadas pela TV. Em quanto os poderosos detinham a tv, o povo detinha o Pôster.

                        Ao final da Década, os profissionais do design começaram a flertar tanto com as idéias undergound como com sua militância, formando agremiações de criativos que absorviam o nkow-how das ruas em seus trabalhos, e em troca, forneciam seu empenho profissional e articulação nas campanhas contra as guerras e em prol de todas as causas defendidas.

                        No Braisl de 60 iniciam os primeiros estudos formais de Design não voltado ainda para o design gráfico em si. Vivíamos um momento precário em termos de tecnologia, fato corriqueiro em nossa industria. A baixa renda da população e sua falta de engajamento acabou por não gerar aqui o mesmo efeito político que o design gráfico surtiu em outras terras. Mesmo a industria editorial não desenvolveu um modelo tupiniquim de estética, importando os modelos criativos de fora.

                        Somente no fianl da década de 60 que agremiações de desingers começaram a surgir de maneira discreta, iniciando as discuções sobre o design local que o Brasil deveria ter e a sustentabilidade da atividade no país. Somente nas décadas seguintes pode se observar um ainda discreto progresso, tanto nos processos criativos do design gráfico, quanto na tecnologia, bem como uma certa evolução dos meios underground de produção.

Fonte: Broto Design ou brotodesign.blogspot.com

Apresentação do projeto

                      No dia 30/05 (sexta-feira) o grupo do projeto " Túnel do tempo: anos 60 " realizou um trabalho pelo qual procuramos levar a cultura da época para dentro da sala de aula, onde este foi feito com sucesso. O objetivo na verdade era informar a nossa sala e a professora Jenaína sobre o referencial teórico do nosso projeto. Ao término deste realizamos uma espécie de prova, mas só que de uma forma diferente. Também fizemos uma paródia da musica - Estúpido Cupido da cantora Celly Campello, que será divulgada aqui no blog. Esperamos continuar desenvolvendo nosso projeto com êxito.


Acima a foto do grupo após apresentação para a nossa sala

Você conhece as principais gírias da década de 60?

Observe e se divirta:

Letra A

Abafar: Arrasar, chegar e fazer com que todos os olhares se voltassem na sua direção. Daí a expressão "crente que está abafando".
Aldeia global: Décadas antes de o conceito de globalização ganhar os corações e as mentes neoliberalistas dos anos 90, o filósofo da comunicação, Marshall MacLuhan, um dos papas da intelectualidade inserida no contexto do final dos anos 60, já criava a expressão para definir a tela de comunicação que começava a transformar o mundo.

Letra B

Biruta: Doido. Maluco. A palavra foi imortalizada em Eu Não Tenho Namorado, cantada por Celly Campello, em que Tony Campello pergunta para a irmã: Você ficou biruta?
Bronca: Repreensão.
Bode em canoa: Pessoa receosa, desconfiada.
Broto legal: Garoto ou garota interessante.

Letra C

Cadilac: Nome genérico dado aos carros luxuosos e possantes.
Clube do Bolinha: A expressão, inspirada no personagem da história em quadrinhos, designava festas fechadas para o público feminino.
Cachorr
ão: Pessoa amiga, boa praça, camarada.
Letra D

Daqui, ó: Sempre acompanhado de um gesto, que segurava com as pontas dos dedos o lóbulo da orelha, significava algo muito bom, maravilhoso.

Letra E

Estraçalhar: Sair-se bem numa apresentação. Fazer um bom programa. Arrebentar.
Estar com a bomba: Estar bem, estar por cima, estar famosa. Dizia-se: Fulana está com a bomba.

Letra F

Ficar pra titia: Não casar.
Flertar: O mesmo que namorar.
Fundir a cuca: Perturbar, atrapalhar, deixar alguém sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo.

Letra G

Grampear: Guardar na memória alguma coisa ou alguém.
Gema: Preciosidade, coisa fina.
Goiabão: Bobão, otário, garoto que estava sempre por fora dos modismos.
Gata/o: Maneira carinhosa de chamar o broto. Aos poucos, transformou-se em adjetivo: ele/a era um/a gato/a. Ou seja, a/o garota/o era de abafar.

Letra L

Ligado: Atento. Também era usado para definir pessoa que costumava usar tóxico.
Levar mala: Ter seu pedido de dança recusado por uma dama. Nos bailinhos dos anos 60, levar mala era uma grande humilhação que os rapazes temiam terrivelmente.

Letra M

Máquina: Automóvel.
Maninha: Jeito gentil de chamar a amiga, sem a conotação sexual de gata. O seu uso denotava amizade, afeição, carinho.

Letra P

Papo-firme: Garota ou garoto bom/boa de prosa. Ou ainda, pessoa interessante, desinibida, segura, cheia de suas próprias convicções.
Pé-de valsa: Bom (ou boa) dançarino/a.
Pão: Homem bonito, irresistível.
Letra S

Sacar: Entender, perceber. A palavra também era usada no sentido de criar. Exemplo: Fulano sacou uma frase espetacular.
Letra T

Trouxa: Pessoa boba, otária, ingênua, desinformada.
Tal: Quando alguém era o/a tal, ele/ela era simplesmente o máximo.
Letra U

Unissex: Roupa que podia ser usada por ambos os sexos.
Letra V

Volta ao mundo: Marca de camisa masculina, de náilon, que virou mania nos anos 60, usada por dez entre dez jovens da época.

Fonte: Cola de Web ou www.coladaweb.com

Desfile Cívico

                        No dia 17/06 (domingo) o grupo de IC "Túnel do Tempo: anos 60" participou do Desfile Cívico de Brazlândia; na qual neste fomos vestido à caráter, com roupas específicas da época como o Movimento Hippie, os diversos estilos de vestimenta daquele tempo, a Copa do Mundo de 1962 e a Ditadura Militar. O principal objetivo deste era a divulgação do nosso blog para a população. Segue abaixo algumas das fotos do Desfile:

Acima da direita para a esquerda: Beatriz (vestido de bolinha), Gabriela (hippie), Thaís (hippie), Ketherinne (vestido de bolinhas), Aline (hippie) e Jassiane (hippie).

Acima da direita para a esquerda Takináhikam (Copa de 1962), Gabriel (Copa de 1962), Daniel (trajes de época), Danillo (ditadura militar), Jefferson (Copa de 1962), Victor (trajes da época) e meninas já citadas.


Todo o grupo com o nosso orientador Minoru


Danillo e Gabriela segurando a faixa de divulgação do blog

Aluna Beatriz e ao fundo todo o grupo na hora do desfile

A cultura da década de 60

                    Neste período, pelo mundo todo, fervilhavam manifestações culturais novas. A partir dos poemas da Beat Genaration, dos grupos e cantores de Rock, a cultura pop emergente, somados ao apreço pela sociedade de consumo, do próprio consumismo e da reafirmação do American Way of Life, uma série de novas atitudes começa a pipocar. Gente jovem querendo sexo livre, pensando e agindo pelas minorias, usando drogas alucinógenas, pregando a paz e o amor em contraponto a guerra e pedindo por uma nova atitude da sociedade fundavam, sem pretensão, o que chamamos hoje de contracultura.

                    Foi nesse espírito que, a juventude entra a década aos poucos se politizando, se unindo, não a uma instituição pré-definida, mas a si mesmas. Grupos de jovens em escolas e universidades saiam às ruas pedindo o fim da guerra do vietnã. Em todo mundo era reconhecida a injustiça para com aquele povo. Injustiça essa que catalisou toda a insatisfação da época com sua forma de pensar agir e viver. Para aqueles jovens, o Sonho Americano era fracassado pois tomava a liberdade individual de cada um ao troco que oferecia um padrão de vida material elevado, bens de consumo infinitos, opções de escolha vasta nas prateleiras e aparelhos que facilitavam a vida de qualquer um a apenas um apertar de botões.

                    Este era o modelo de homem que Marcuse, autor que fez a cabeça dos jovens da época, chamava de “Homem Uminidirecional”, título de uma de suas principais obras. Exatamente esta obra fazia a discussão acerca de uma sociedade autoritária que, ao mesmo tempo que subordina, subsidia, mantendo todos os indivíduos em ordem de obediência. Contestar o sistema era contestar ao progresso, ou seja, um ato incoerente. 

                    No auge desta agitação, surgem os grandes festivais de musica como o de Woodstock, celebrando todos estes pensamentos e ideologias. Surge a cultura Underground, contestando o modo de vida estabelecido. Surgem também os Hippies, condensando o modo de vida da contratultura. A Nova Esquerda, repensando as bases sociais dos dois grandes blocos. Os Yippies e o Youth International Party, politizando a atitude Hippie e colocando-os em ordem de batalha contra tudo o que havia de errado na sociedade. 

                    No Brasil, além de toda a profusão de pensamentos que ocorria no exterior e inevitavelmente passaria por aqui, tínhamos a recém Ditadura implantada. Isso direcionou a pouca juventude engajada a lutar pelos ideais de um mundo melhor por aqui também, o que significava enfrentar uma ditadura inconseqüente muitas vezes até a morte. 

                     A cultura no Brasil, ao contrário do que pareça, não foi de imediato controlada pelo Estado. O mais curioso ainda é que, quem mais expressava a cultura e seus agitos era justamente a esquerda, através de órgãos como o CPC da Une por exemplo. De lá, surgiu a maioria dos polêmicos artistas de protesto da época. Enquanto os gritos de guerra eram cantados ou interpretados nos palcos, os militares rangiam os dentes de ódio, tramando os planos que endureceriam de vez o regime por anos.

                     Pelo meio da década, uma expressão cultural começou a pipocar dentre os jovens dentro do regime militar. O movimento chamado de Jovem Guarda apresentava a nova leva de artistas de grande visibilidade que, com um apelo conivente com o sistema, tomavam a atenção da população com temas românticos, engraçados e até de uma branda rebeldia juvenil. Este movimento foi execrado pela cultura engajada que, agora passava cada vez mais ao submundo, perdendo seu espaço nas massas e assim, seu poder de atuação.


                      Ao final da década um importante movimento surge flertando com as duas antagônicas vertentes. O Tropicalismo, como assim foi chamado, tanto flertava com a cultura de massa como, intelectualmente, inseria sua carga de contestação a tudo o que estava estabelecido. Sua maior virtude foi fazer, assim como o movimento antropofágico da década de 20 e a bossa nova da década anterior, uma fusão inteligente e altamente criativa dos elementos nacionais com as correntes internacionais, tanto artísticas quanto filosóficas, ganhando os palcos do mundo todo e colocando a arte brasileira novamente em evidência.

Fonte:  Broto Design ou brotodesign.blogspot.com